Era muito difícil escapar da varicela.
As 4 meninas mais velhas ao mesmo tempo com o problema. Todas com febre alta até ao delírio. Não existia medicação, apenas o cuidado de não apanhar vento. A mãe passou duas noites sem dormir, vigiando. Cochilou e quando acordou viu que faltava uma. Era a Ângela, “sonâmbula,” saiu de casa e foi para o pátio. A mãe a chamou e ela levou um enorme susto. Voltou para a cama e ficou com pesadelo. Tinha a impressão de estar no telhado da casa e uma cigana queria derrubá-la.
Na noite seguinte a Santina fugiu para comer pêssegos, e apanhou chuva. A situação piorou ainda mais. Foram 15 dias muito difíceis para a mãe que nunca teve empregada e, fazia tudo em casa. Na tradição italiana, o homem só trabalha na roça, “no pesado” e, em casa nada faz. Esses trabalhos são para as mulheres.. Já eram sete os filhos…
O Vergílio, o mais velho, começou a freqüentar a escola em Jacutinga. Foram apenas 3 meses.
O padre Benjamim de Erechim, obrigou o Fioravante a tirar o filho da escola, porque o professor Henrique Kinero era protestante. Ameaçou até negar-lhe a comunhão caso não o fizesse.
O Fioravante era “fabriqueiro”, colaborador da igreja, era quem buscava o padre em Erechim para a missa e não podia dar mau exemplo. Isso ocorreu em 1932, tendo então o Vergílio 12 anos.