O conforto não interessava ao Fioravante mas, não se acomodava com o que tinha, embora bem suficiente. Sempre saía em busca de futuro e progresso, sem medir sacrifícios para si e para a família.
Uma dessas decisões corajosas foi de sair de Quatro Irmãos – RS para Caçador – SC apesar de bem estabelecido, 9 filhos e o décimo a caminho.(João Catarin).
Vendeu casa, benfeitorias, e os 20 alqueires de terra, por 40 contos de réis, sendo 30 à vista e 10 após 30 dias.
Lá foi a família.: o Fioravante, a Dosolina, e 6 crianças menores, com sacos e malas para Boa Vista de Erechim.
À noite acomodaram-se no hotel e no dia seguinte embarcaram no trem até Marcelino Ramos onde trocaram de trem para ir a Rio das Antas SC onde chegaram em 19-03-1938, dia de São José. Havia bastante flores de São José. Os vizinhos não sabiam o nome da flor.
Chegando em Rio das Antas – SC, acomodaram-se no hotel do Ruska e no dia seguinte, com carroça emprestada pelo dono do hotel, seguiram 12 km até a modesta morada provisória.
Dando falta de alguns volumes, no dia seguinte, Fioravante voltou a Marcelino Ramos para buscar o que havia ficado na estação.
O primeiro trabalho da mãe, foi plantar cebolinhas, “radici” e caroços de pêssego.
Os proprietários haviam deixado a casa muito suja. Apesar de ter apenas 2 anos, lembro que as manas se lamentavam disso. Ferveram muita água, num tacho fora de casa, para desencardir.
Plantaram 3 quartas de trigo o que rendeu 30 sacos na colheita.