Com a abundante mão-de-obra da família, 10 pessoas, as famosas roças de milho, trigo e feijão, já não representavam nada para o batalhão que partia ao amanhecer e retornava do trabalho ao escurecer.
Foi planejada uma “roçona” de milho, dimensão de fazenda para o tempo. Eram 25 alqueires juntos. Cinco vezes mais que qualquer colono da região era capaz de fazer naquela época , em que não havia mecanização. Levantavam cedo e partiam levando o café da manhã.
A mãe em casa preparava o almoço: uma polenta tamanho família, feijão, arroz, radici, queijo ou salame. Um dos filhos pequenos, o então magrela que escreve esta história, a cavalo, levava a comida para os valentes, quase cansados e já famintos trabalhadores.
Tinham seu garrafão para água, as garrafas de vinho e café. Faziam a cesta e recomeçavam até à merenda, geralmente pão e café com leite. Vale dizer que o queijo e o salame sempre deviam ser usados com muita parcimônia, quase se diria, mais como tempero para a polenta e o pão. Isso era normal em todas as famílias.
Com tanta roça de milho, seria difícil colocar o produto na região. O pai resolveu engordar porcos. Fez uma grande mangueira perto do paiol, próximo ao qual havia um riacho. Comprou 250 porcos magros.. Bem alimentados e muita água, aumentaram rápido de peso e deram média superior a 150 kg. Não deu peste. Tudo vendido, o dinheiro chegou.
Tive a oportunidade de ver o pai contando o dinheiro. A “caixa forte”, era uma lata de soda cáustica cheia de notas de grande valor.